quinta-feira, 26 de abril de 2012

Defesa de índios, quilombolas e da soberania alimentar brasileira, livre de transgênicos e agrotóxicos, marca discurso da nova presidenta do Consea

Maria Emília na posse do Consea/Foto: Portal Africas
Com um discurso forte em defesa da soberania e segurança alimentar e dos povos tradicionais, e de seus territórios, a antropóloga Maria Emília Lisboa Pacheco, assumiu, no dia 17 de abril, em Brasília, a presidência do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Com a nova presidenta, aumentam as expectativas positivas sobre a condução do órgão no reforço do debate sobre alternativas de sustentabilidade e justiça sócio-ambiental no Brasil.

Graça Costa, do Fase Amazônia e também representando o Fundo Dema, esteve presente na posse e destacou pontos importantes do discurso e da história de vida de Maria Emília, como uma lutadora em prol da agroecologia e da agricultura familiar de base agroecológica.

De acordo com Graça, com o atual cenário de graves ataques contra direitos já conquistados, como a proposta da PEC 215/2000, que transfere para o legislativo a decisão sobre novas titulações de terras e ainda a grave desnutrição por que passam indígenas e quilombolas no país, ter alguém como Maria Emília no Consea traz esperança de mudanças e defesas das causas e povos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fundo DEMA faz contribuição na Assembléia Geral do GTA

Rosa Godinho, do Comitê Gestor do Fundo Dema
Rosa Godinho, que faz parte do comitê gestor do Fundo DEMA, participou da VIII Assembléia Geral do Grupo de Trabalho Amazônico – GTA e fez um panorama sobre o clima no planeta, sua relação com a natureza e atuação do Fundo Dema.

O Fundo Dema, por meio de Rosa Godinho, do Ceapac, membro do comitê gestor, esteve presente na VIII Assembléia Geral do GTA, realizado em Santarém, entre 28 e 30 março. A contribuição do Fundo foi um debate que teve como foco ressaltar o papel estratégico da Amazônia, no mundo atual no contexto das mudanças climáticas e economia verde. Rosa fez uma explanação chamando atenção para os poucos esforços que são feitos para preservar as florestas e as populações tradicionais nelas vivem. 
 

De acordo com a apresentação de Rosa, a crise ambiental vem crescendo com uma rapidez que nem os cientistas conseguem explicar e os grandes projetos na Amazônia, assim como a grilagem, a mineração, o agronegócio, criação de gado e a exploração madeireira, só agravam os problemas enfrentados pelas populações locais e também geram consequências para o clima no mundo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Comunidades Quilombolas se preparam para concorrer o Fundo Dema

Dona Páscoa, liderança do Conselho Diretor da Malungu

As dificuldades enfrentadas pelas dezenas de comunidades quilombolas no Pará beiram o incontável, mas esse povo lutador conta com características únicas de organização comunitária,  coletividade e a sua relação com o meio em que vivem deveria servir de exemplo de sustentabilidade.

Durante as cinco oficinas realizadas pelo Fundo Dema, no âmbito do Fundo Amazônia, organização e senso de coletividade foram destaque. No período de 15 de janeiro a 20 de fevereiro de 2012, uma equipe multidisciplinar do Fundo Dema se reuniu com cerca de 120 lideranças, integrantes de aproximadamente 60 comunidades das regionais Nordeste Paraense, Baixo Amazonas, Salgado, Tocantina e Guajarina, todas ligadas a Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará – Malungu. Esses encontros fizeram parte do cronograma de oficinas de “Sensibilização e Capacitação em Elaboração de Projetos Socioambientais para o Fundo de Apoio às Comunidades Quilombolas do Pará”.